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Cotovelo do tenista: uma condição que afeta praticantes

Por André Gismonti

Imagem de stockking no Freepik

A epicondilite lateral, popularmente conhecida como cotovelo do tenista, é uma condição dolorosa que afeta não apenas praticantes de tênis, mas também indivíduos envolvidos em diversas atividades que demandam movimentos repetitivos do antebraço e do punho.

Compreendendo a Epicondilite Lateral

A epicondilite lateral é caracterizada inicialmente por um processo de inflamação dos tendões que se no epicôndilo lateral do úmero, na região lateral do cotovelo. Movimentos repetitivos, especialmente aqueles envolvendo a extensão do punho e resistência a preensão dos dedos, como segurar uma raquete com força ou até mesmo atividades habituais de carregar pesos, podem levar ao desenvolvimento dessa condição. Apesar de ser denominada “cotovelo do tenista”, a epicondilite lateral pode afetar qualquer pessoa envolvida em atividades que sobrecarregam esses tendões, tipicamente os tendões extensores do punho e dos dedos.

Opções Terapêuticas

Medidas Conservadoras:

 O repouso, aplicação de gelo e o uso de imobilizadores para o punho podem ser recomendados para aliviar a inflamação. Modificações nas atividades cotidianas também são orientadas para prevenir a sobrecarga. ões extensores do punho e dos dedos.

Fisioterapia

A fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento da epicondilite lateral. Terapias locais adjuvantes como aparelhos de ultrassom, laser de baixa potência e eletroneuroestimulacão, associadas a exercícios específicos, visam fortalecer os tendões e músculos acometidos e melhorar a flexibilidade, promovendo a recuperação gradual.

Infiltração de corticóides

Há algumas décadas muito utilizada, a infiltração de corticoides pode proporcionar a diminuição do processo inflamatório e um alívio temporário da dor. Entretanto, estudos científicos mais recentes demonstraram que o uso de corticoides tem pouca eficácia no longo prazo, sendo um procedimento pouco indicado atualmente.

Tratamento com Plasma Rico em Plaquetas (PRP):

Uma abordagem inovadora, o PRP envolve a aplicação local do plasma sanguíneo autólogo (do próprio paciente) rico em plaquetas, células contendo fatores de crescimento, com potencial de estimular a regeneração tecidual e acelerar o processo de cura. É um método minimamente invasivo e seguro. Apesar dos efeitos promissores demonstrados em diversos estudos científicos e amplamente utilizado na Europa e nos EUA, no Brasil.

Terapia de Ondas de Choque (TOC):

A terapia de ondas de choque (TOC) é uma opção terapêutica adjuvante no tratamento da epicondilite lateral. É um método não-invasivo, sem a necessidade de infiltrações ou anestesia, seguro e eficaz para o alívio da dor e recuperação. Indicada principalmente para pacientes com sintomas persistentes, a TOC deve ser considerada após avaliação do médico especializado, que determinará a adequação do tratamento com base no perfil e na gravidade da lesão.

O procedimento é rápido, com duração de apenas alguns minutos, e o tratamento pode envolver uma ou mais sessões, conforme a indicação médica. A TOC pode ser utilizada isoladamente ou em conjunto com outras modalidades terapêuticas, como a fisioterapia. A abordagem combinada visa potencializar os benefícios e acelerar a recuperação do paciente, permitindo a retomada das atividades sem longos períodos de inatividade

Considerações:

A epicondilite lateral pode ser uma condição bastante limitante, impactando a qualidade de vida para quem deseja praticar uma atividade física ou até mesmo afetar a rotina diária

A abordagem varia de acordo com a gravidade de cada lesão. A avaliação médica é fundamental para o diagnóstico precoce e preciso, determinando um plano terapêutico adequado. Uma equipe multidisciplinar especializada é essencial para o sucesso do tratamento e uma recuperação acelerada.

Em caso de sintomas compatíveis, procure atendimento especializado. Marque sua consulta na Rio Tennis Academy pelo telefone (21) 98382-0738.

Sobre o autor

André Gismonti é Head da PFW e Médico ortopedista da Rio Tennis Academy, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Society for Tennis Medicine and Science (STMS)

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